- 03/12/2025
Crédito à Habitação acelera e depósitos continuam a crescer: dados de outubro segundo o Banco de Portugal
O Banco de Portugal divulgou os mais recentes dados sobre crédito e depósitos em outubro de 2025 — e o mercado financeiro continua a mostrar sinais de dinamismo, sobretudo no crédito à habitação.
Crédito à habitação cresce pelo 22.º mês consecutivo
O stock de crédito à habitação aumentou 9,4% face ao mesmo período do ano anterior, atingindo 109.100 milhões de euros.
Só entre setembro e outubro, o montante subiu 993 milhões de euros, reforçando a tendência de aceleração que se verifica desde janeiro de 2024.
Crédito ao consumo também sobe
O crédito ao consumo e outros fins totalizou 33.400 milhões de euros, com um crescimento mensal de 166 milhões e uma taxa anual de 7,9%.
– Consumo: +7,2%
– Outros fins: +9,1%
No total, o crédito concedido a particulares atingiu 142.471 milhões de euros, mais 9% face ao ano anterior.
Empresas: evolução mista, mas destaque para construção e imobiliário
O crédito às empresas registou 73.800 milhões de euros em outubro, menos 447 milhões que em setembro, mas ainda assim com um aumento homólogo de 4,3%.
Por dimensão empresarial:
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Microempresas: +13,3%
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Pequenas empresas: +4,0%
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Médias empresas: –0,8%
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Grandes empresas: –0,5%
O setor da construção e atividades imobiliárias voltou a destacar-se, acelerando pelo sexto mês consecutivo com uma taxa anual de 8,6%.
Comércio, alojamento e transportes
A taxa de variação anual foi de 3,5%, mas com comportamentos distintos:
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Comércio: +5,3%
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Alojamento e restauração: +4,4%
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Transportes e armazenagem: –3,1%
Depósitos continuam a crescer
Os depósitos de particulares nos bancos residentes atingiram 197.500 milhões de euros, mais 398 milhões que em setembro.
Houve:
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Redução de 79 milhões nos depósitos à ordem
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Aumento de 477 milhões nos depósitos a prazo
Em termos homólogos, o crescimento foi de 4,4%, mantendo uma tendência de desaceleração iniciada em novembro de 2024, possivelmente influenciada pela remuneração dos depósitos e pelo aumento da procura de certificados de aforro e fundos de investimento.
Já os depósitos das empresas aumentaram para 74.500 milhões de euros, mais 2.083 milhões que no mês anterior, com uma taxa anual de 11,5%.