- 25/11/2025
OE2026: Proposta de dedução de juros do crédito à habitação volta a ser rejeitada
O Parlamento voltou a dizer “não” às propostas que permitiam que os proprietários que compraram casa a partir de 2012 pudessem deduzir uma parte dos juros do crédito à habitação no IRS.
As iniciativas apresentadas pelo PAN, Chega, PCP e BE — que sugeriam alterações ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) — foram rejeitadas com o voto contra do PSD e CDS-PP e a abstenção do PS.
O que está em causa?
Atualmente, apenas quem comprou casa até 31 de dezembro de 2011 pode deduzir juros no IRS.
Estes contribuintes podem abater 15% dos juros, até um máximo de 296 euros por ano.
Já quem adquiriu habitação a partir de 1 de janeiro de 2012 não tem direito a qualquer dedução — criando uma desigualdade entre proprietários que é contestada pela oposição há vários anos.
O que propunham os partidos?
Eis os limites de dedução sugeridos:
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PAN: permitir deduzir juros a todos os proprietários, mantendo o teto nos 296€.
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Chega: duas propostas — uma com teto de 600€, outra mantendo os 296€. Ambas foram rejeitadas.
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PCP: dedução para todos, com limite de 350€.
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BE: alargar a todos os contratos, com teto de 360€.
Nenhuma destas propostas avançou.
Porque isto importa para os proprietários?
Num contexto de aumento das taxas de juro e maior esforço financeiro das famílias, a dedução de juros poderia representar um alívio significativo no orçamento de quem tem crédito habitação — especialmente para quem comprou depois de 2012 e hoje suporta encargos mais elevados.
A rejeição mantém o sistema atual:
Quem comprou até 2011 tem dedução.
Quem comprou depois, não tem qualquer benefício.
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Fonte: idealista